quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Acessibilidade e inclusão: mecanismos e atitudes que não se dissociam

           Engraçado como algumas atitudes são tão óbvias ou absurdas para alguns e, ao mesmo tempo, tão questionáveis ou normais para outros: ainda desacredito quando vejo lixo sendo lançado pela janela do carro com tanta naturalidade; quando não vejo ou não recebo qualquer sinal de gratidão frente a um favor desprendido; quando a presença da faxineira é ignorada por outros trabalhadores; quando uma conversa é interrompida sem qualquer parcimônia; quando um aluno é ridicularizado em sua dificuldade pelo próprio professor; quando um espera a “bondade” do outro para que seja garantido o assento preferencial nos transportes públicos. Da mesma forma, inclusão sem acessibilidade não faz o menor sentido.
Cada um possui características e especificidades que o diferencia do outro e, sendo assim, suas necessidades também se diferem. Essas necessidades, porém, acabam, muitas vezes, tornando-se uma barreira tão grande que parece ser intransponível, muito mais pela falta de reflexão e, consequentemente, falta de atitude do que pela impossibilidade de vencê-la.
Ora, no ambiente escolar, se um aluno apresenta baixa estatura, por que não oferecer um lugar na primeira fila, onde ele possa enxergar melhor a lousa? Se um aluno ou servidor faz uso de cadeira de rodas, como ele vai circular num espaço com corredores e portas estreitas, escadas e degraus por todos os lados, rampas ausentes ou mal feitas, construídas apenas para “constar”? E se aparecer um surdo, seja aluno, servidor ou participante de um evento qualquer... Como será a comunicação? Em alguns câmpus do Instituto Federal é oferecido o curso de LIBRAS; possibilidade de formação existe, mas o interesse e a consciência de que essa possa ser uma demanda real nem sempre.
A inclusão seria mais simples, não necessariamente fácil, se as pessoas se despissem um pouco do seu egoísmo, se colocassem no lugar do outro e empenhassem seus esforços em fazer com que ele se sinta bem e acolhido em todo e qualquer ambiente em que ele quiser e tiver o direito de estar. Acessibilidade e inclusão precisam andar juntas.  Os mecanismos de acesso precisam ser pensados e instituídos tal como a atitude inclusiva precisa ser compreendida e manifestada nos diferentes contextos sociais. A formação crítica e reflexiva e a experiência com o diferente e o desconhecido são fundamentais.                          

#PraCegoVer na Imagem: Várias mãos erguidas, desenhadas com tamanhos e formas diferentes e cores que variam entre amarelo, laranja, vermelho, marrom, verde e azul.



domingo, 13 de novembro de 2016

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

"Estudantes com autismo sofrem menos preconceito na rede pública"

E aí, como estão?
Li essa notícia no site da UNICAMP e achei interessante compartilhar, ainda mais pensando que fazemos parte de uma instituição pública que atende jovens e adultos. Será que os alunos com TEA - Transtorno do Espectro Autista - e suas famílias se sentem ou se sentiriam respeitados, satisfeitos e bem acolhidos na nossa instituição? 
Segue a notícia:
http://www.unicamp.br/unicamp/sites/default/files/jornal/paginas/ju_673_pagina_04_web.pdf